domingo, 26 de setembro de 2010

Seu beijo...


Seu beijo...
feito tempestade
inunda-me
joga meu desejo
de um lado para outro
fazendo-me entrar em erupção
beijo vulcão

Seu beijo
minha calmaria
e felicidade
fazendo meus sonhos
tornarem-se realidades
perfeita alquimia
beijo poesia

Seu beijo
faz em mim
intensa festa
apoteose..carnaval
vicio total
quero a todo momento
no futuro, no presente
dele
sou dependente...

gilson costa

minha criação...


Vi uma palavra brotar no papel,
a segunda surgiu
como que caindo do céu,
e como nada atrapalha,
de repente a folha branca
virou um campo de batalha.

E no meio da confusão,
não havia caos, só criação.
E uma palavra tombava sobre a outra
e surgia mais uma poesia minha, louca.

Vi uma frase nascer
e antes de surgir, uma ideia morrer
dando lugar a outro pensamento
tentei descrever este momento
Pequei...
por fazer da arte, um passatempo
o que endureceu meu coração
para este pecado, não ha virtude, nem perdão.

E no meio a este nascimento
que causou dor e contentamento
onde ha o dito pelo não dito
criou-se mais um escrito
de um tal Gilson Costa Brito

Gilson Costa

Linha tênue


Ando pela linha tênue das minhas virtudes
E dos meus pecados...Não me tente...
Para cruzar esta fronteira
Não é preciso muito esforço
Tua boca em mim
Minha mão em teu corpo
Sem nenhum sacrifício
Faço de você meu vicio
Não me invente
Sou fera adormecida
Pronta para te devorar

Gilson Costa

Uma palavra sua...

Basta uma palavra sua
que abandono tudo
corro pelo mundo
por causa do seu sim

Basta uma palavra sua
que me livro do que me resta
faço da minha vida festa
e roubo você pra mim

basta uma palavra sua
uma que me traga felicidade
e que afaste de mim qualquer dor

basta uma palavra sua
que mande pra longe a saudade
e traga para perto meu amor

gilson costa

Homem errado...a mulher certa!


por uma porta, por uma fresta
um dia encontrei a mulher certa
ela estava do outro lado
e com o tempo notei, eu era
naquele momento o homem errado
em alguns momentos dispersos
cheguei a ser pra umas o homem certo
certo ou errado eu sei que vivi
amores intensos, eternos momentos
que se apagaram com o tempo
mas não passam e não se levam
com um simples vento

por uma rua, por uma estrada deserta
um dia encontrei a mulher certa
e fiquei então calado
naquele momento senti ser o homem errado
mas como a amor andava por perto
para umas cheguei a ser o homem certo
certo como um bom caminho
certo em não estar sozinho
mas a certeza não era de pedra
e quanto mais se acerta, mais se erra
e assim fui vencendo batalhas
mas perdendo a guerra.

andei juntando meus cacos
já fui príncipe, já fui sapo
já fui herói, já fui vilão
ouvi muitos sim, muitos não
a solidão ainda esperta
sou um homem errado
em busca da mulher certa

Gilson Costa

Para perder o juízo e fazer a vida uma festa
não é necessário o homem errado
nem a mulher certa
é necessário mãos dadas
almas amadas e correspondidas todo dia
ai pode-se dizer...que é só alegria

O AMOR É

essa matemática
que as vezes soma
as vezes empata
não devia dividir
e nem tampouco subtrair
x da questão
difícil de descobrir


é essa geografia
montanhas de noite
desertos de dia
lugares distantes
vales, montes
paisagens não como antes
caminho já percorrido
de uma mapa semi esquecido


é essa historia
guerra sem gloria
ganhadores e vencidos
na próxima curva...o temido
de não saber o amanhã
sem biografias
é uma enciclopédia
decreto, é lei


o amor é matéria
que ainda não me formei

Gilson Costa

Senhora

Senhora das flores..
dos amores...
dos cantos e encantos.

Senhora da paz...
da luz...
da aurora orvalhada.

Senhora dos sonhos...
das quimeras enfeitadas...
do pessegueiro em flor.

Senhora do adágio...
da harpa e da flauta...
do som do silêncio.

Senhora da ternura...
da meiguice e beijos...
do inocente desejo.

Senhora do poente..
de dias serenos...
das noites vulcânicas.

Senhora do adeus...
das lágrimas sangrando...
coração despedaçado.

Senhora das dores...
dos amores perdidos..
sonhos desfeitos.

Senhora das madrugadas frias...
da solidão e escuridão...
das névoas invernais.

Senhora assim de tantos momentos...
chegadas e partidas...
senhora...enfim...
 
by marissol

sábado, 25 de setembro de 2010

7 pecaods e mais nada !


Desejos insanos em desassossego. ardo em vontade exaltada de te possuir na AVAREZA da minha pele. perco a razão. compenso no meu corpo a ânsia de ti com a IRA de te querer sempre mais. apetite feroz do sabor da tua boca. doce atalho que me seduz ao crime na insaciável GULA do beijo. ignoro o que tenho. Quero em mim tudo o que te pertence. Mordo a INVEJA ardente da carícia só tua, na perdição dos teus braços. rendição ao prazer dos nossos corpos unidos. exuberante LUXÚRIA do meu olhar. ofereço-te o melhor de mim. Ostento a opulência de te levar comigo ao limite. a SOBERBA transbordante da nossa entrega… e depois do doce delito de te amar quedo-me na PREGUIÇA do teu peito. partilho o remanso na tua companhia em intima e fiel confissão...

pecar contigo é purificação inata que me absolve.
pecadora em ti… em ti me redimo!
Amen…!

Edson Macedo





Desejos Insanos .... estou desejando.


... Pode parecer insanas - as palavras. Mas é assim que vejo a paixão.

Meus olhos tocam seu corpo
escorrem por suas entranhas
desejos estranhos, impuros

Minha boca escuta seu calor
minha saliva sente a canção
do fogo que queima nossos corpos

Meus ouvidos enxergam seu cheiro
e inspiram as batidas do seu coração
minha intuição revela seu êxtase

Respiro o gosto dos teus gemidos
procuro em minh'alma, teus sentidos
encontro em suas mãos, meu tato
e faço do seu desejo insano, meu pecado.


(Aline Christal)

Não sei separar os fatos de mim...

"Não sei separar os fatos de mim,
e daí a dificuldade de qualquer precisão,
quando penso no passado."

"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação."

Clarice Lispector"

Hoje desaprendo o que tinha aprendido até ontem


Hoje desaprendo o que tinha aprendido até ontem
e que amanhã recomeçarei a aprender.
Todos os dias desfaleço e desfaço-me em cinza efêmera:

todos os dias reconstruo minhas edificações, em sonho eternas.

Esta frágil escola que somos, levanto-a com paciência
dos alicerces às torres, sabendo que é trabalho sem termo.


E do alto avisto os que folgam e assaltam, donos de riso e pedras.
Cada um de nós tem sua verdade, pela qual deve morrer.


De um lugar que não se alcança, e que é, no entanto, claro,
minhas verdades, sem troca, sem equivalência nem desengano


permanece constante, obrigatório, livre:
enquanto aprendo, desaprendo e torno a reaprender.


Cecília Meireles

Mulher Poema


Vem, mulher, pra mim, que eu te faço
Uns versos tão mansinhos e tão cálidos,
Que, mais do que musa, Vênus te sentirás.


Vem pra mim inteiramente, que eu renasço,
Vem, que eu me faço uma fonte de vida
Inesgotável, descomunal.


Vem pra mim sofregamente, que eu te torno
singular em cada verbo
e tão deusa em cada verso,
e tão linda em cada olhar!


Vem comigo viver toda a lindeza
de um passeio pelas ruas,
de um afago em cada esquina,
de promessas ao luar.


Vem, mulher, que eu te faço tão bela,
que eu te quero tão minha, te faço encantada,
que eu te quero tão doce, te faço tão lira!...
Vem, mulher, que eu te quero poema.


Barão da Mata

DA CHEGADA DO AMOR


Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.

Sempre quis uma amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.

 Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.

 Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.

 Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.

 Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.

 Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.

 Sempre quis uma amor
que não se chateasse
diante das diferenças.

 Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.

 Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.

 Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.

 Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.

 Sem senãos.
 Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.

 Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.

 Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.

 Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.

 Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse.

 Ah, eu sempre quis uma amor que amasse.


Poesia extraída do livro "Euteamo e suas estréias", Editora Record - Rio de Janeiro, 1999,
Elisa Lucinda

Ausência



Na almofada branca,
as sandálias sonham
com a seda dos teus pés...

Partiste..
Mas a alegria ainda ficou no quarto,
talvez no ninho morno, calcado por teu corpo
no leito desfeito...

Entardece...
Esfuziante e verde,
um beija-flor entrou pela janela,
(pensei que a tua boca ainda estivesse aqui...)

Do frasco aberto,
vestidas de vespas,
voam violetas...

E na almofada de seda,
beijo as sandálias brancas.
vazias dos teus pés.


Guimarães Rosa

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Não tem cor


A palavra falada
não tem cor
Assim como o amor.
O preconceito
Conceito errado da vida
Não é negro...é cinza
Minha voz calada
Fere minha alma
Tal corte de espada...
Ficar parado olhando o tempo
Esperando o momento
Das correntes estarem gastas
E não terem mais utilidades
Para que encontre a liberdade,
Em busca da dignidade,
Mas seja como for
A Alma também não tem cor...

Gilson Costa

Personalidade:



Organização dinâmica dos traços
No interior do “EU”
Depende também dos laços
E d’aquilo que Deus nos deu...
Formada a partir
Dos genes que herdamos
Dos fatos que enfrentamos
Das existências singulares que
Suportamos...
Da percepção individual
Que temos do mundo
Do que trazemos de mais profundo
E que é capaz de tornar
Cada indivíduo único
Em sua maneira de viver
De forma pura e natural
Desempenhando o seu papel social

Gilson Costa

Alimentando meu demônio interior

O seu santo nome

Não facilite com a palavra amor.
Não a jogue no espaço, bolha de sabão.
Não se inebrie com o seu engalanado som.
Não a empregue sem razão acima de toda razão (e é raro).
Não brinque, não experimente, não cometa a loucura sem remissão
de espalhar aos quatro ventos do mundo essa palavra
que é toda sigilo e nudez, perfeição e exílio na Terra.
Não a pronuncie.

Carlos Drummond de Andrade

domingo, 19 de setembro de 2010

Quero te amar...mas as palavras são minhas!

Quero amar-te mais
E sempre mais,
Dar-te o corpo e a alma,
mas não dou as Palavras …
As palavras são minhas,
Só escrevo o que quero
Só digo o que posso dizer
Tudo o resto,
É fantasia tua e dos outros.
Só eu sei dos meus silêncios,
Das minhas dores,
Dos meus sofismas,
Só eu sei!
mas quero amar-te
Acima de todas as dúvidas,
Acima de todas as intolerâncias,
Acima dos legados
Dados por mim
E alguns recusados!...

Apenas tu existes
No meu sentir!
Acredita,
Aproxima-te,
Vem até mim
E saboreia o encanto
Do Poeta que tudo dá
Que tudo canta,
Em horas mortas
E acorda em horas vivas,
Num outro Lugar.

Mas acredita, neste amor
Maior do que o tempo
que nos resta …
E vem, sempre e sempre
Uma vez mais
E saboreia a ternura subtil
E quente,
Deste vulcão que canta
E se expande de seguida
E usa as Palavras
Do meu encanto!

Mas não sou tua
Nem de ninguém,
Apenas a contradição
De  mim mesma!

E existo nas palavras que digo
E que escrevo
Tudo  o resto é silêncio
E vozes calada

Coracao Calado

Quis fazer uma poesia
Só, para passar o tempo
Pra esquecer o dia-a-dia
E sonhar por um momento.

A inspiração não veio
E a busquei no coração
Ele sim estava cheio....
Mas não disse um só refrão

Perguntei -Oh! Coração
Por que não me dizes nada
Ele responde então :
- Não é falta de palavras,

Acontece companheiro
Que coração é preciso
Ser usado por inteiro
Ou acaba enrijecido

Confesso-te sinceramente
Você me decepcionou
Não amou seu semelhante
Como um dia alguém te amou

Não fez conta dos velhinhos
Das crianças, dos carentes
Nem transmitiu esperança
A quem andava pendente.

Só chorou com que chorava
Sem tentar faze-lo rir
Não amou quem te odiava
E errou muito por mentir

Pois falou da bíblia aos seus
Ao passo que andava armado
Uma vela ascendeu a DEUS......
Mas outra, ascendeu ao diabo

Me sentindo por terra,
Eu tentei me defender:
-Ora, todo mundo erra
O que se há de fazer ?

Meu coração já com descrença
Então me perguntou,
Qual era a diferença
Do perdedor pro vencedor

Procurando resposta longa
Não sabia o que falar
E ele me respondeu
De forma linda e elementar

Vencedor, disse ele,
É que aprendeu com os erros
E perdedor é aquele
Que sempre tropeça nos mesmos

Eu chorei arrependido
Querendo recomeçar
Eu não havia cumprido
A lei sagrada do amar.

Meu coração chorou também
E disse: -Oh momento nobre
Se teus erros eram cem
Agora são noventa e nove

PARA SER MULHER


Para ser mulher
Não basta nascer do sexo feminino
Andar de salto e aprender a cozinhar

Para ser mulher
Tem que nascer com a alma dócil
Aprender a receber
Aprender a se doar

Para ser mulher
Não basta só ter voz sensual
Saber insinuar
Ter leveza no olhar


Para ser mulher a voz tem que espantar o medo do escuro
Os olhos tem que saber falar
Ter mão leve de carinho
E coração que acolhe todos os seres

Para ser mulher não basta apenas
Rebolar a bunda conforme a música
Para ser mulher tem que ter peito também
Peito para encarar o mundo
Para aceitar a vida como ela é
E as vezes até encarar a nó mesmas
E dizer: Tá na hora de mudar!

Para ser mulher tem que aprender equilíbrio
E não só no salto alto
Tem que saber a hora de ir e a hora de vir
Mesmo sem relógio

Para ser mulher tem que crescer todos os dias
Mente flexível
Coração aberto
Pronto para amar:
Quem chegar
Quem passar
E mesmo quem partir

Para ser mulher
Todos os dias temos que ensaiar:
Abrir os braços
Derramar o sorriso
E abraçar...
A vida
Os seres
A nós mesmas


[Victtoria Rossini]

Viver


Quem nunca quis morrer
Não sabe o que é viver
Não sabe que viver é abrir uma janela
E pássaros pássaros sairão por ela
E hipocampos fosforecentes
Medusas translúcidas
Radiadas
Estrelas-do-mar...Ah,
Viver é sair de repente
Do fundo do mar
E voar...
voar...
cada vez mais alto
Como depois de se morrer!

Mario Quintana

Li um dia, não sei onde


Li um dia, não sei onde,
Que em todos os namorados
Uns amam muito, e os outros
Contentam-se em ser amados.
Fico a cismar pensativa
Neste mistério encantado...
Diga prá mim: de nós dois
Quem ama e quem é amado?...

Florbela Espanca

Meu nome é mulher


Eu era a Eva
Criada para a felicidade de Adão
Mais tarde fui Maria
Dando à luz aquele
Que traria a salvação
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.
Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi:
Não dá mais!
Quero minha dignidade
Tenho meus ideais!
Hoje não sou só esposa ou filha
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou caminhoneira, taxista,
Piloto de avião, policial feminina,
Operária em construção ..
Ao mundo peço licença
Para atuar onde quiser
Meu sobrenome é COMPETÊNCIA
E meu nome é MULHER !!!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

No meu país


No meu país
Apesar da imensidão
De tudo brotar deste chão
Nos falta arroz e feijão.


No meu país
De talentos sem igual
De tanta gente de renome
O povo mal escreve o próprio nome.


No meu país
Apesar de ser tropical
Ter Jorge Amado e ter a Gal
Nossa cultura vai muito mal.


No meu país
Apesar das praias belas
E das pessoas que estão nelas,
Ainda existem as favelas.


No meu país
Apesar de pássaros a cantar
Da beleza de seu luar
Não temos aonde morar.


No meu país
Das mulheres perfeitas
Da natureza tão bem feitas,
De varias maravilhas
São bem poucos que aproveitam.


No meu país
Apesar de tanta matança
E da vida ser uma dança
Há aqueles que ainda tem esperanças


Gilson Costa
 
Mais uma poesia escrita ha muito tempo atrás...

Há homens nos bares


Há homens nos bares
Tomando cachaça,
Pensando na vida
Na vida que passa.

Há homens nos bares
Jogando, bebendo e falando,
Enquanto suas mulheres
Estão os esperando.

Há homens nos bares
Afogando as tristezas
Bebendo as magoas
E driblando a dureza.

Há homens nos bares
Gastando dinheiro, fazendo barganhas
Tentando esquecer
O pouco que ganham.

Há homens nos bares
a vida que levam, tentando esquecer
Que quando sai do lugar
E para retroceder

Há homens nos bares
Querendo beber
Por diversão
Ou por puro sofrer.

Gilson Costa

O HOMEM NÚ


NA PORTA
ELE SE DESPE
E ASSIM JULGA QUE ESQUECE,
SEUS MUITOS PECADOS.

ADENTRA

NO SANTIFICADO TEMPLO,
SEU REAL CONTENTAMENTO
É POR DEUS, SER PERDOADO.

POIS TUDO DE RUIM

ELE DEIXOU DO OUTRO LADO.
SOMENTE QUER SENTIR DEUS
E POR ELE SER AMADO.

FAZ A SUA ORAÇÃO

EM PROFUNDA MEDITAÇÃO
BUSCANDO ASSIM O PERDÃO.
NO FUNDO DE SUA ALMA
IMPERA INTENSA CALMA,
QUE TRANSBORDA SEU CORAÇÃO.

CHEGA A ORAÇÃO AO FIM,

SENTE-SE EM PAZ, SIM
E DIGNO DO SENHOR TAMBÉM,
NA SAÍDA DA IGREJA
SUA ALMA LACRIMEJA
E ELE DIZ AOS CÉUS AMEM .

NA RUA ELE TECE

COM IGNORÂNCIA A SUA VESTE
QUE LHE COBRE POR ANOS,
A ROUPA DA INCOMPREENSÃO
NÃO O DEIXA ENXERGAR A RAZÃO
DE SER UM SIMPLES
SER HUMANO
CHEIO DE FALHAS
INCERTEZAS E ENGANOS...

GILSON COSTA

CATEDRAL ( Réplica da poesia de Luciano Moraes )


LEVAVA UMA VIDA VAZIA
CERCADO DE FALSAS AMIZADES
SEGUINDO SEM RUMO
CAMBALEAVA EM BUSCA DO PRUMO

RESOLVI DESVIAR DO CAMINHO
EM BUSCA DE UMA LUZ
DIFICIL FOI TIRAR OS ESPINHOS
FACIL FOI CARREGAR MINHA CRUZ

VI QUE EXISTIA FELICIDADE
É SO NÃO ESCOLHER O LADO MAL
BUSQUEI MINHA LIBERDADE
FAZENDO DO ESPIRITO MINHA CATEDRAL..

GILSON COSTA

AUSÊNCIA ( Réplica da Poesia Ausência de ADY )

MEU CORAÇÃO JÁ NÃO MAIS SE ENCONTRA.
DESILUDIDO, JÁ DESISTIU DA VIDA
SAUDADE SÓ NÃO SE DA CONTA
DA DOR PULSANTE SOFRIDA
O AMOR JÁ FOI COLOCADO DE LADO
FOI SEMENTE QUE NA TERRA NÃO BROTOU
PAISAGEM ANTES VERDEJANTE
QUE A SAUDADE EM DESERTO TRANSFORMOU
E OLHA QUE NÃO FOI FALTA DE REGAR
E SEMEAR COM NUTRIENTES O AMOR
MAS HOUVE ERVAS DANINHAS NO JARDIM
QUE TRANSFORMARAM TUDO EM DOR
ME PEGO A RECORDAR
E A RECORDAÇÃO AS LAGRIMAS CONDUZ
LEMBRO ME DO JARDIM CHEIO DE FLORES
LEMBRO DA MINHA AURORA CHEIA DE LUZ.....


GILSON COSTA
 
Mais uma das antigas rs, esta foi postada na net em 2000

CONCURSO




É MINHA PRIMEIRA POESIA
ENCHO-ME DE FELICIDADE
ME PERCO EM UMA QUESTÃO:
QUANTIDADE OU QUALIDADE ?

É MINHA SEGUNDA POESIA
A INSPIRAÇÃO ME CONSOME
ME DEDICO AO VERSO
COMO SE FOSSE MEU SOBRENOME...

É MINHA QUINTA POESIA
JÁ FALEI DE SONHO E DE AMOR
MAS O TEMPO NÃO É MEU INIMIGO
ME ENTREGO A ARTE COM ARDOR

É MINHA DECIMA POESIA
HÁ MUITA BITUCA NO CINZEIRO
NÃO DESISTO TÃO FACILMENTE
POIS QUERO SER O PRIMEIRO

E MINHA VIGÉSIMA POESIA
ESCREVO AGORA A DERIVA
NÃO ME PERCO EM MINHAS PALAVRAS
JÁ ESTOU PERDIDO EM VIDA

É MINHA CENTÉSIMA POESIA
ESCREVO PRA CHEGAR NE FRENTE
JÁ ESCREVI DE TUDO UM POUCO
JÁ VASCULHEI TODA MINHA MENTE

É MINHA MILÉSIMA POESIA
COMEÇA-ME A TREMER OS BRAÇOS
A FOLHA CONTINUA BRANCA
A ESPERA DE MEUS TRAÇOS

EU JÁ PERDI A CONTA
DE NA QUAL POESIA ESTOU
FALEI DOS AMIGOS QUE TIVE
E DA VIDA QUE PASSOU

FALEI DOS AMORES
DAS DORES
DOLORES ????
NEM ME LEMBRO MAIS

FALEI DA SAUDADE
IDADE
FELICIDADE
E TALVEZ DOS MEUS PAIS...

JÁ FIZ MAIS DE MIL POESIAS
ISTO JÁ VIROU UM VICIO
A ULTIMA DÚVIDA ME PERSEGUE:
PORQUE MESMO EU COMECEI TUDO ISSO ????

GILSON COSTA

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O HOMEM E O POETA


Não se apaixone pelo homem,
pois não é uma escolha perfeita.
Se apaixone pelo poeta
é ele que empunha a caneta.


O homem não domina as palavras,
nem o próprio pensamento,
o poeta, que empunha a caneta
eterniza qualquer sentimento.


O homem tem seus defeitos
suas manias e segredos,
o poeta, que empunha a caneta
vence a tudo e sem medo.


O homem é apenas um menino,
duvida até da esperança,
o poeta, que empunha a caneta
escreve sobre o mundo, com segurança.


O homem chora, as vezes é fraco
se agarra na falsa beleza,
o poeta, que empunha a caneta
é solido feito uma fortaleza.


O homem e o poeta é a mesma pessoa
uma simbiose quase perfeita,
não se apaixone pelo homem,
mas pelo poeta, que empunha a caneta...




Gilson Costa

Definição de Poesia

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Isso sim é poesia


Queria te possuir

a cada instante todo dia
isso sim é poesia....
Deslizer minha mão
por tua pele macia
isso sim é poesia.....

Não que não seja poesia a palavra escrita
de forma apaixonada e bonita
que se torna infinita
não desdenhando desta benção bendita


Mas ao ter voce
faço versos com seu se
rimo tudo com prazer
melhorando ate minha caligrafia
Te possuir...
Isso sim é poesia


Gilson Costa

Da Janela


La fora a vida passa
tudo passa meio que sem graca
pessoas com pressa
de chegar a lugar algum
lugar comum...
La fora so correria
Vidas vazias
A procura doe um porque?
La fora passos apressados
tempos apertados
levam a caminhos estreitos
poucos sao os direitos
muitos os defeitos
e o relogio que não para...
La fora ha esperança
No compasso de uma lenta dança
Que o povo não alcança.
O lixo se acumula na calçada
E a vida cada vez vale mais nada...
 
Gilson Costa

Dúvida


A falsa seguranca
alimenta a falsa paz
que nos rodeia.
O firme falso chao movediço
se torna concreto
mas de concreto
só temos duvidas.
A falsa seguranca
alimenta a falsa crença
de que a falsa calma
esta presente.
Presente porem distante...

Gilson Costa

Meu vicio é você



Já tentei largar
Fiz de tudo para esquecer
Mas tenho o vicio de amar você
Te sinto no ar
Meu desejo é sem fim,
sempre irão te encontrar dentro de mim..
Não tem remédio
Que cure minha dependência
A vida é só tédio
Longe de sua existência
Pode me internar
Só longe de ti esta o sofrer
Meu vicio de te amar
Aumenta meu bem querer
A seu cheiro é o ar que respiro
A tua pele a roupa que visto
O teu olhar é minha visão
Não tem terapia que te tire do meu coração



Gilson Costa