quarta-feira, 20 de junho de 2012
PRELIMINAR DO FIM
Que espera nutrirá perseverança,
se é utopia a ilusão que me fascina,
se é morto o arquivo augusto desta sina,
se a sorte é fantasia e desconfiança?
O tempo agindo à espreita, na surdina,
arrosta-me aos ardores da lembrança;
até parece jogo de vingança,
expondo-me a vexame nas esquinas!
Tempo sagaz, perverso, engodador;
voz dócil, mansa, truque das sereias,
eis as ondas morrendo nas areias!
É assim mesmo, sem tirar nem pôr:
a vida arruma o riso antes da dor,
preliminar do fim, última ceia!
Antonio Kleber. Editora ZEM – RJ – 2007)
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