quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Minha Literatura (tragédia)



Vesti minha armadura de cavaleiro andante
e fui a minha batalha, fazendo disso esporte,
minha montaria era o Rocinante
e eu seguia como o próprio Dom Quixote 


Muitos dos meus moinhos de ventos
tranformaram-se em Quimera com o tempo,
busquei minha Andromeda , presa num rochedo
tentando assim vencer ou sufucar meus medos
não fui forte e por um descuido meu
me tornei meu proprio Proteus...


E assim meu tempo precioso passa
fui Édipo destinado a Jocasta
e como um brilho de joia
me ceguei no amor de Helena de Troia


Fui Romeu sem poder amar Julieta
fui marido da louca rainha Maria Antonieta
um de muitos guerreiros gregos a lutar, 
fui Aquiles com seu fragil calcanhar


Fui ciumes de Desdemona, que cruel
Fausto dividido entre o inferno e o céu
pensador Zaratustra e sua filosofia 
Rei Lear e sua eterna agonia


Um dos Tres mosquiteiros, o primeiro 
fui Pequeno Principe em seu Reino
o Conde de Monte Cristo trancafiado
acabei Quasimodo, sozinho e mal amado...


Gilson Costa

2 comentários:

  1. simplismente maravilhosa. não tenho palavras p/ definir...

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  2. Nem sozinho e nem mal amado
    ainda há tempo de estar bem acompanhado...

    a cada nova poesia é mais díficil realmente comentar...todos os elogios seriam poucos...
    parabéns pela sensibilidade ...

    bjos poeta !!

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