segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Permita-me, arrepiar-te

Permita-me, arrepiar-te
permita-me fazer sua pele suar
permita-me despertar
teu desejos
permita-me fazer-te
perder os sentidos
permita-me ouvir teus gemidos
permita-me ser devasso
permita-me tudo que faço
permita-me que eu te desfaleça
permita-me e isso não é promessa
permita-me em uma noite inteirinha
permita-me ser pura e simplesmente
minha...
 
gilson costa

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Minha Literatura (tragédia)



Vesti minha armadura de cavaleiro andante
e fui a minha batalha, fazendo disso esporte,
minha montaria era o Rocinante
e eu seguia como o próprio Dom Quixote 


Muitos dos meus moinhos de ventos
tranformaram-se em Quimera com o tempo,
busquei minha Andromeda , presa num rochedo
tentando assim vencer ou sufucar meus medos
não fui forte e por um descuido meu
me tornei meu proprio Proteus...


E assim meu tempo precioso passa
fui Édipo destinado a Jocasta
e como um brilho de joia
me ceguei no amor de Helena de Troia


Fui Romeu sem poder amar Julieta
fui marido da louca rainha Maria Antonieta
um de muitos guerreiros gregos a lutar, 
fui Aquiles com seu fragil calcanhar


Fui ciumes de Desdemona, que cruel
Fausto dividido entre o inferno e o céu
pensador Zaratustra e sua filosofia 
Rei Lear e sua eterna agonia


Um dos Tres mosquiteiros, o primeiro 
fui Pequeno Principe em seu Reino
o Conde de Monte Cristo trancafiado
acabei Quasimodo, sozinho e mal amado...


Gilson Costa

QUERO VOCÊ

Em uma noite, em um dia
não importa o tempo nem o espaço;
que não seja apenas em sonho
eu lascivamente te proponho
venha ser minha...

Musa, mulher, meretriz e rainha
dilacerar minha carne
me queimar na tua paixão
Eu escravo, rei e submisso
me entrego aos teus feitiços
de corpo, alma e coração...

Deixe minhas mãos
estudarem o teu corpo
teu perfume me deixar louco
desnudar teus setes véus.
Receba-me docetemente
seja casta e indecente
para atingirmos o nosso ceu...

Quero você e seus beijos,
suas fantasias e desejos
arrepiar-me em teus pelos
é tudo que eu hoje almejo...

Quero te dar e ter prazer
somar você ao meu ser
morrer em ti pra renascer
pra nunca mais te perder

Gilson Costa 

sábado, 20 de novembro de 2010

Mulheres se apaixonam por homens que a fazem sorrir...


As mulheres se apaixonam
por homens que a fazem sorrir,
então porque
é triste, do palhaço, o existir...?
Se isto fosse verdade
algo definitivo e perfeito
o circo seria o local ideal
para o amante perfeito
e o palhaço, mesmo com toda a sua dor
seria um exímio professor...

As mulheres se apaixonam
por homens que as fazem dar risadas,
então é só fazer uma palhaçada
uma cambalhota ao revés
para ter uma linda mulher aos teus pés?
Que nada!
pinte tua cara, ponha um nariz vermelho
que será apenas mais uma palhaçada
o máximo que vai conseguir,
apenas algumas gargalhadas...

Gilson Costa

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

motivo by Cecilia Meireles

Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

Cecília Meireles

Amo-te by Neruda

O teu riso by Pablo Neruda

O teu riso
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um dia by Mario Quintana

Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem. Você não só esquece a outra como pensa muito mais nela... Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto caçador e fazem qualquer homem sofrer... Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável.. Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples... Um dia percebemos que o comum não nos atrai... Um dia saberemos que ser classificado como bonzinho não é bom... Um dia percebemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você... Um dia saberemos a importânciada frase: Tu te tornas eternamente responsávelpor aquilo que cativas... Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso... Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mais ai já é tarde demais... Enfim... Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito... O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutarmos para realizar todas as nossas loucuras... Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação



Mário Quintana

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Anúncio...

Paga-se bem
Para quem conseguir fazer
Um coração  para de sofrer...
A paga para o fim desta dor
É Amor...

Não um amor qualquer
Aventureiro ou de verão
Não um amor sem juízo
Perdido, confuso, indeciso,

Um amor que não pede
Nada em troca
Que não quer ressentimento
Que quer ser intenso ou ameno
Se encontrar no entendimento
Para ai sim, ser pleno...

Gilson Costa

terça-feira, 16 de novembro de 2010

De repente deu uma saudade do que eu não tive...

De repente deu-me uma saudade do que não tive, do que já fui e do que euixei para trás...

Deu-me uma saudade de palavras mais amenas, de mais sorrisos e de mais amor...

Deu-me uma saudade de doce, de molecagem, de brincadeiras e sorrisos em meio ao sexo, em meio á vida

De repente deu-me uma saudade de tudo e de nada.
Deu-me uma saudade de perfume. Das curvas, geografia, de tudo que era pra ter sido e nunca vai ser

De repente deu-me uma saudade de mim...

Sim...porque me perdi por caminhos e estradas que não me levam a nada, implorando o amor, feito migalha, e trancando meu vasto universo na singularidade de alguns pobres versos.

Por troca de beijos que não acalmam meus desejos. Deu-me uma saudade do que fui, do que era antes de começar a brincar ou tentar entender...o amor...!

De repente deu uma saudade do que eu não tive...


Gilson Costa

Receita de felicidade


Palavra teia que se tece
a cada curva da vida
com ventos e veludos
florestas de mistérios
interminável bordado
cada ponto é alado.

Roseana Murray


Palavras soltas


Palavras soltas como pássaros de asas abertas que não possuem destino, nem desatino, apenas pulsam em voos livres... Pois que voem livres as palavras, que ecoem em canções e gemidos. Em pranto e prece, até que se calem todas as feridas, todas as iras...
Que a palavra finalmente expressa, seja livre, doce e calma.
Definitivamente liberta...




Sonia Schmorantz

Escutar...



"O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: "Se eu fosse você". A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção."

Rubem Alves

Me beijaram a boca e eu virei poeta


Me beijaram a boca e eu virei poeta
Pois me beijaram a boca e eu virei poeta
Beijo que selou minha alma, cálido , profundo
Trazendo meus verbos para o mundo,
Assim escrevo os meus rabiscos
Tornando sentimentos em tortos riscos
E me encontro com eles quando os vejo
Leio, reflito e vejo parte do meu espelho...



Pois me beijaram a boca e eu virei poeta
Jogando minhas letras pelo universo,
O amor nem sempre estando por perto
Seguia encantando alma e corações
Despertando ódios e falsas paixões
Mas nunca foi este o meu ensejo
E vi assim uma trinca no espelho....



Pois me beijaram a boca e eu virei poeta
Arranhei minha vida e o meu corpo
Deixando ferimentos e cicatrizes
Meu  escrever as vezes  causando vertigens
E tudo isso, eu digo, veio pra ficar,
Mas meu medo maior é o espelho se quebrar...



Gilson Costa

domingo, 14 de novembro de 2010

O amor não tem cor...


Meu amor não tem cor, mas é amor (Claudia Ramos/Gilson Coata

Meu amor não tem cor,
e é amor.
Amor na concepção da aplavra
que não teme nada
e tudo enfrenta
e a cada dia, no meu peito, aumenta...

Vai além da pele
da derme, da alma
e não se repele
se completa
de forma direta e nada indiscreta,
Meu amor não tem cor, e é amor...

Amor que ilumina minha vida
que me faz seguir em frente
torna opaco o passado
ansioso o futuro
e alegra o meu presente
meu amor não tem cor, e é amor...


Meu amor que te chama
clama
te pede, me inflama
queimando meu interior
provoca na alma calor
Meu amornão tem cor, e é amor...

Não se importa com modismos
enfrenta qualquer racismo
e luta com tenaz preserverança
é pura esperança
Meu amor...
Alma negra de pele branca.

E assim
nossas peles semisturam
nosso sangue, nossa historia
juntossomos mais do que memoria
formando assim um novo ser
a Negra Branca Victoria...

Se Deus quer assim
eu pra você e você pra mim
e meu coração não escolheu a coe
quer somente você amor
e contra isso eu não luto
que seja a branca negra Victoria
de nosso amor, o nosso fruto.

Entâo discutir raça, cor e crença
ou qualuqr diferença
tudo torna-se em vão
perde-se a razão
quando nosso amoré o assunto
quem manda e o coração
e não adianta impor
pois, meu amor não escolheu a cor,
e é amor

E podem não gostar
ate nos criticar
e atirar a primeira pedra,
mas o amor não tem regras
normas ou constituição
Quando atinde a alma
quem domina é a paixão,
não há nada que se faça
ele não escolhe a raça
E hoje em estado de graça
algo que não sinto a anos
Amo você
Branca de alma Negra, Claudia Ramos.

E nesta hora eu agradeço
este amor sem regra e nem preço
e além de mim outra pessoa
também fica em estado de gloria
nossa esperada e amada filha
a branca negra Victoria...
Negro arcanjo

Publicado no Recanto das Letras em 27/04/2005

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fazendo amor com você...

Quente

A temperatura do amor
Que há entre a gente

Algo que contagia
Como água quente
Caindo na pele fria

Arrepia

Dos corpos, o encaixe
Do sexo... engate

O suor e o sumo
Escorre
Os gemidos, o quarto
Percorrem
Em cavalgadas profanas.

Tenho você, almas unidas
Em pé... na cama

A marca que fica
União bendita
De nossas tensões
Tatuado em nossos corpos
Arranhões

Seja a noite
Ou em pleno dia
Tua boca em mim...
 Arrepia

Gilson Costa

Já tive


já tive o amor, tatuado na pele
em mim ele já fez morada...
hoje tenho mais nada

já fiz versos e poesias,
me desfiz em palavras
para a mulher amada...
hoje não tem mais nada

já dormi e sonhei
e fiquei feliz
ao ver você do meu lado
em plena madrugada...
hoje não tenho mais nada

mal plantei ,nem colhi
no deserto de minha alma
não tive a terra adubada
hoje não tem mais nada

gilson costa

Djavan - "La Noche"

La noche no quiere venir
yo quiero estar cerca de ti
y poder robarte un beso
y si no sabes quién es
y poco a poca dejaré
que me vayas descubriendo
quiero estar cerca de ti
cuando rompa el amanecer
o cuando se esté oscureciendo.

Tu amor me ha robao el alma
tu amor me ha robao el sueño
y a mi me dejó sin nada
de la ilusión me mantengo

Soy cautiva de tus besos
que a mi me queman por dentro
mi ilusión y mi alegría
eres toíto lo que tengo.



Minha Literatura...

Não me julgue apenas pela minha capa
Mal deu para analisar meu conteúdo
Minha literatura pode ser muito vasta
Precisa de tempo para você ler tudo

Eu sei que não estou na tua estante
Minha leitura demora e é complicada
Mistura verso, prosa, historia distante
Nada simples tal qual conto de fadas

Sem estilo, sem período e sem definição
Palavras jogadas nas paginas, ação
Mas pode ser drama ou comedia verdadeira

Best seller ou não na verdade eu existo
E a cada minha edição, compilado insisto
Em ser o teu livro de cabeceira

Gilson Costa

Brilho Da Noite by Djavan



Brilho da noite
Causa perdida
Meu horizonte
Tudo na vida...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Formúlas Certas?

Não venha com formulas prontas,
Postas sobre uma mesa.
O amor quando divide-se
É ambiente de incertezas

Não me venha com clichês
Meu ser, isso não toma
Fica muito fraco
Quando o amor não soma

Não é ciência exata
E nada que a gente faça
Baseados em modelos prontos
Vai deixar o amor no ponto

Amar é muito mais que formulas
É estado de espírito perfeito
Se não sabe se entregar
Não saberá amar direito

Gilson Costa

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Se joga...acredite

Encante-me



Encante-me...
Já estou cansado de desilusões,
Palavras ditas
Mas que contradiz as ações.

Encante-me
Enjoado estou dessa maré
Ora vai, ora volta
Difícil assim em alguém
Ter fé...

Encante-me
Preciso de paz
Preciso de calor
Preciso desesperadamente
Acreditar no amor

Encante-me

Gilon Costa

Me Encante ● Pablo Neruda

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Viver sem você - poesia de 2006


Viver sem você... (Gilson Costa/Clau Ramos) 29/04/06

Viver sem você
é complexo,
Teoria de Física
sem nexo...
é ter tesão
e não fazer sexo...


Viver sem você
é regra da Lingua Portuguesa
Antítese acentuada!
Tremer de frio no calor
sonhar estando acordada
Te odiar de amor
se por você odiada e amada...


Viver sem você
é ter religião que se negue
é faltar um pedaço da minha pele
é pedir para a vida, o fim
viver sem você
é a loucura de aprender
a viver sem mim...


Viver sem você é me esquecer
olhar no espelho e não me ver
sair na chuva e não me molhar
Olhar para a Lua e não se encantar


Viver sem você
é cantar uma musica sem nexo
compor uma poesia sem rima
é fazer de 1+1 um problema complexo
e do futuro uma sina...


Viver sem você
é andar por ai sem rumo,
perder meu norte e meu prumo
perder tudo que contigo ganhei,

Viver sem você?
Sinceramente,
Eu não sei...

domingo, 7 de novembro de 2010

É sempre assim


É sempre assim

Grito,corro,choro,mordo...

Falo alto,busco outra direção

Começo outra vida,contrario

Anarquizo,enlouqueço,esmoreço

Componho a raiva,

Mostro os dentes,dou a volta

Fujo da raia

Mas, quando te vejo...

Amoleço,perco a pose,a postura

Nem mais enxergo

Fico boba,um pouco tonta

Esqueço a raiva

As dúvidas que pairavam no ar

Perdem o sentido,tudo fica lindo

Me sinto aquecida,protegida

O ar fica leve,o riso fica solto

As pernas tremem

O coração entra no ritmo

E fico absolutamente pronta

Pra te amar


É sempre assim...


(Silvana Cervantes)

Impossível deixar de procurar-te em mim



busco-te nos componentes do meu sistema,
nas harmonias e vias da minha anatomia,
nos adereços e endereços da minha beleza

busco-te nas veias do meu coração,
nas tendências fetais e atuais dos meus anseios,
nos roubos e arroubos das minhas quimeras

busco-te nas vísceras do meu pranto,
nas entranhas estranhas do meu paraíso,
nos rogos e fogos das minhas orações

busco-te nas secreções do meu labirinto,
nos hormônios binômios dos meus desejos,
na produção e liberação das minhas indigências

busco-te nos excrementos do meu pensamento,
nos cantos encantos das minhas ilusões,
nas ações e proscrições dos meus venenos

busco-te nas linfas e tecidos da minha perdição,
nos ruídos fluídos do meu pranto,
nas bisonhas e medonhas vias do meu coração

busco-te nos estímulos dos meus músculos,
nos raptos inaptos dos meus prazeres,
nos deslizamentos cruentos das minhas contradições

busco-te nas captações dos meus neurônios,
nas manhas barganhas dos meus desafios,
nas repulsões e compreensões dos meus impulsos

busco-te na concupiscência das minhas ereções,
nas meninas meninos das minhas fantasias,
nos vampiros e suspiros dos meus temores

busco-te nos ares das minhas inalações
nas correntes assentes da minha pornografia,
nos casticismos e cinismos dos meus pretextos

busco-te nas cartilagens dos meus ossos,
nos rígidos e hígidos arcabouços da minha essência,
nas sustentações e proteções dos meus caminhos

busco-te nas terminações dos meus sentidos,
nas ordens e desordens dos meus estímulos,
nos pulcros sepulcros dos meus significados.

busco-te nas interrelações do meu corpo,
nas dependências e pendências da minh'alma,
nos bruxedos e brinquedos dos meus sonhos

busco-te, enfim, em cada uma das minhas veleidades,
nos êxtases e ênfases da minha inspiração,
nos domínios e fascínios de todos os meus ais.

encontro-te em mim,
mas não me encontro em ti...


Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz.
Rio de Janeiro, 21 de março de 2009 – 19h39.
http://silviamota.ning.com/profiles/blog/show?id=5503497%3ABlogPost%3A68597&xgs=1&xg_source=msg_share_post

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

De você eu quero...


De suas mãos
Eu quero o carinho
e a certeza de te-las
segurando as minhas
quando dificultoso
for o caminho...

De teu olhar
quero ser o foco
e quero ver o brilho
ter a certeza
de serem meus faróis
quando no escuro
eu estiver sozinho...

Da tua boca
milhares (e)ternos beijos
quero sussurros e gemidos
mas quero palavras de ordem
de força e coragem também
quando minha vida
não estiver indo bem...

De teus braços
quero o abraço
a certeza de noites seguras
para curar meu cansaço..

De seu corpo
eu quero a aventura
descobrir cada segredo
em cada curva tua
de você eu quero você...
toda
  
Gilson  Costa

terça-feira, 2 de novembro de 2010

ESPELHO EM CACOS *


Diante da tua prepotência
O meu amor virou fortaleza.

Do contrário, como fazer para...
... enfrentar um deserto que não se sacia?
... comover um coração de aço?
... lidar com carícias farpadas?
...absorver palavras duras e olhos afiados?

A ternura fez-se vingança impiedosa
O sorriso lâmina furiosa
Sobre qualquer possibilidade de perdão.

Coloco minhas cicatrizes a postos
Para enfrentar o teu dragão de certezas
Pois não precisas de armas
Só de tua imprecisa sede de vitórias

Nada pode alcançar o teu poço de holofotes
Onde há muito desaparecestes
Ao te ofereceres como prêmio
Em troca de milhares de vazios
Com que preenches
Tua covardia
Frente ao espelho
...em cacos]


[20/06/2008]
* Poema Inédito
(Imagem:Google)

MENDONÇA, Silvia - Poetas e Escritores do Amor e da Paz - URL: http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/espelho-em-cacos - 31/10/2010