SOBRE UM INFINITO INSTANTE DE DOR
a Poeta atarantada
de um lado para o outro
repete o que recém pensou
e de novo pensa de novo
e de novo
e de novo
e de novo
a Vida lhe arrancou as vontades
a Poeta encarcerada
a Poeta dilacerada
a Poeta monocromática
em monopensamento possuída
murmura sua ladainha aflitiva:
- eu vou sobreviver eu vou sobreviver
eu vou sobreviver eu vou sobreviver
enquanto a Vida ri, olhando-a de viés
(Curiosa)
http://tumblrdacuriosa.tumblr.com/
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