Alma estranha esta que abrigo, Esta que o Acaso me deu, Tem tantas almas consigo Que eu nem sei bem quem sou eu. Jamais na Vida consigo Ter de mim o que é só meu; Para supremo castigo, Eu sou meu próprio Proteu. De instante a instante, a me olhar, Sinto, num pesar profundo, A alma a mudar... a mudar... Parece que estão, assim, Todas as almas do Mundo, Lutando dentro de mim... Raul de leoni
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