O amor nada pede, mas tudo quer, o amor é assim, seja mo
inicio, meio ou no seu fim. Isto quando o amor respeita a cronologia, pois pode
estar morto ontem e reviver em outro dia...
O amor clareia e embaralha os pensamentos, torna tudo tão
intenso, e em sua presença ou ausência transforma até o correr do tempo, tempo
que não passa e não traz a paz ou tempo que passa rápido demais.
O amor é escolha, na maioria das vezes, escolhas que fazemos
com o coração, mesmo estando ao contrário da razão. O amor é renuncia, é
denuncia, é entrega total, mesmo que nesta entrega resida nosso mal, pois
quando o amor parte leva sempre um pedaço da gente.
O amor é sentimento, recipiente de emoções contraditórias,
castigo e recompensa, perda e ganho, dor e êxtase, o amor encontra, mas também
faz você se perder. O amor fere, machuca, abre feridas que às vezes não
cicatrizarão, mas o amor salva, protege.
O amor nos mata, mas nos ressuscita, nos faz morrer a cada
noite, a cada ausência, nos faz reviver a cada amanhecer, a cada beijo, a cada
abraço.
O amor é esperança, é a certeza de nada certo, é a lógica virada
do avesso... É verso de rima intensa, alegre ou triste, poema que ainda não
existe, nem foi escrito... O amor é silencioso grito.
Uma força com muitas fraquezas, uma calmaria repleta de
inquietação. O amor é fato e é uma ilusão.
O amor é a liberdade que te escraviza, da asa, mas não te
deixa sair do chão, é um farol e pode ser a escuridão!
O amor comanda, ordena, (de um passo para frente à beira do
precipício), derruba,
mas te segura e quando você cai, a queda é dura...
É o caos em meio à ordem que te faz prisioneiro, prisão que
pode ser perpetua isso se a sentença (Amor) for aplicada de forma correta.
Prisão repleta de liberdade.
O amor é promessa, quebra-as também. Faz te respirar e te
sufoca, é um andarilho sem caminho, viajante com destino, é dia azul de
tempestade!
O amor não tem idade.
É o fogo que congela, é o frio que aquece, o amor é a
lembrança que não se esquece!
O amor na poesia é perfeito, é poema de intensa inspiração,
mas na vida real apresenta,
sempre alguma contra indicação.
O amor é presente no passado conjugado em pleno futuro. É
lei sem regra, é contravenção, amor é a disposta indisposição.
Gilson Costa
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