Creio eu, na minha humilde ignorância, que o mal da
modernidade chama-se expectativa ou expectativas, fiquem vocês com a melhor
opção, pois seja no singular ou no plural, elas estão sempre ai...
Criamos, alimentamos, mimamos-as.
Algumas crescem nos abraçam e caminham ao nosso lado, tal
qual animal de estimação, sempre felizes ao nos ver. Outras crescem além da
conta, engolindo a gente, paralisando-nos.
As expectativas tão presentes em nossas vidas.
Às vezes damos valores indevidos e elas caem em cima de nós
feito avalanches, confundem as horas do relógio, viram toques de telefones ou
nos dias de hoje, sinais sonoros de sms.
E os sonhos? A os sonhos repletos de expectativas, de
momentos esperados, realizados ou não.
Planos que se fazem no pensamento e muitas vezes morrem na
vida real. Expectativas!
E olha que estão em todas as partes, da hora que acordamos à
hora que vamos dormir.
Sempre ali na espreita, na esquina, na próxima curva
pronta para pegar a nossa mão e nos guiar por ai..
Expectativas... Plantação de difícil colheita, chuva acida
na alma, que corroí quando não atingidas, supridas e superadas.
Esperamos demais, fazem de menos e criamos então a nossa Hidra de Lerna
moderna...
Expectativas!
Quais você alimenta, quais te devoram!!!
Gilson Costa